A cidade vive em nós!
Convidando-me ao passado
Como abrir um baú encostado
Num lugar de antigamente
Pra saber mais dessa gente
Devagarinho foram chegando
E aqui se instalando
Não cuidavam da hora
Nem sabiam do mundo lá fora
A saudade, curava o tempo
Varria a solidão, o vento
A lembrança era guardada
A alegria conservada
Viviam em casa de madeira
Nasciam de parteira
O trabalho no sacrifício
Na terra era o ofício
Povo sem maldade
Sem gana, sem falsidade
Adormeço com a mente no antigo
No aconchego da noite sono amigo
Regresso a cidade ao presente
Abro a janela contente
Boceja o sol, novo tempo
Que deu asas ao pensamento
De tudo o que revi
Ainda há resquícios por aqui
Povo forte que aguenta repuxo
Gente simples de pouco luxo
Na luta do dia a dia tem o cansaço
Que carregam firme no braço
Aqui a modernidade sim chegou
A cidadezinha prosperou
Mas a essência dessa gente
Ainda é vida e persistente
De caráter sem igual
Prezam pela honestidade e moral
Ao habitante que aqui se plantou
E que esta cidade sempre amou
A tem como especial
Simplicidade virtude principal
Aguarda agora de coração
Com a esperança na eleição
Que o melhor está por vir
E seja o que o povo decidir
Os escolhidos com vontade
Façam o melhor pela cidade
Valorizando quem aqui já lutou
E nessas terras acreditou
Que tenham garra e labor
Por essa cidadela muito amor
E entendam que não estão sós
Que a cidade vive em nós!