SOU O QUE DIGO
SOU O QUE DIGO
Somos as uvas do vinho,
Maceradas ou mordidas,
Somos rosas no espinho,
Despetaladas ou vivas.
Somos salmoura ou vinagre,
Com a maçã ou o álcool,
Sendo tesoura ou milagre,
Em cena triste no palco.
Somente sou o que digo,
Nos repentes de claque,
Onde vou sendo o amigo,
Da mão sobre o atabaque.
Pois o repique do toque,
Eleva tudo ao divino,
Antes que o milho pipoque,
No caruru dos meninos.
E sou o êxtase do canto,
Que evoca vida e destino,
E me dá paz e o recanto,
Dobrando o couro e o sino.
Enquanto o sangue escorre,
Num alguidar tão sozinho,
No vento que me socorre,
Enchendo a talha de vinho.
Por isso vejo na fé,
A busca da liberdade,
Seja voando ou a pé,
Por Deus ser a verdade.
SOU O QUE DIGO
Somos as uvas do vinho,
Maceradas ou mordidas,
Somos rosas no espinho,
Despetaladas ou vivas.
Somos salmoura ou vinagre,
Com a maçã ou o álcool,
Sendo tesoura ou milagre,
Em cena triste no palco.
Somente sou o que digo,
Nos repentes de claque,
Onde vou sendo o amigo,
Da mão sobre o atabaque.
Pois o repique do toque,
Eleva tudo ao divino,
Antes que o milho pipoque,
No caruru dos meninos.
E sou o êxtase do canto,
Que evoca vida e destino,
E me dá paz e o recanto,
Dobrando o couro e o sino.
Enquanto o sangue escorre,
Num alguidar tão sozinho,
No vento que me socorre,
Enchendo a talha de vinho.
Por isso vejo na fé,
A busca da liberdade,
Seja voando ou a pé,
Por Deus ser a verdade.