O chão do meio da rua é quem dança comigo
O chão do meio da rua é quem dança comigo.
Nem o vento nem o verso tem abaixo um firmamento.
Só o chão do meio da rua é quem dança comigo.
E os carros que se espantem:
"A que fim o amor se põe dolente à nossa frente?!", gritou um motorista.
"Se arrede", berrou outro.
"vá ao vento, vá ao verso, vede o engarrafamento?", um terceiro.
- Mas eu amo, sou poeta e a valsa é incompleta; quereis crer nos sonhos? cuideis da alma vossa com o amor que eu vos deixardes.Tendes paciência! Estão a queimar a vela dos dois lados; vê cunhada a moeda na alma? Não! tendes paciência!
"BUZINABUZINABUZINABUZINABUZINABUZINABUZINA".