ABRIRAM-SE AS JANELAS
ABRIRAM-SE AS JANELAS
Abriram-se as janelas do porão
Eu vejo a liberdade caminhando ao meu encontro
Ela enlaça minhas mãos convidando para um passeio
No palco da vida eu vejo o maestro
Segurando a batuta com ternura
E com gestos leves e harmônicos rege a orquestra
Minha vida acompanha as notas musicais
Em compasso já um tanto lento de uma valsa
Garimpei lembranças perenes e nostálgicas
Do fundo do poço das lamentações
Que sempre visita a minha memória
Remeteu-me a reflexão de parte da minha história.
Conquistei troféu que eu almejava
A luta foi árdua, mas não foi inglória,
Hoje sou como uma lâmpada que pisca
Que aquece minh’alma e ilumina a arandela
Fixada na parede das minhas glórias, acima das janelas..
Capanema, 15 de julho de 2019- SALENCAR