Pássaro

De repente, o grito, as lágrimas, o choro,

A dor inundou.

Nada mais de luz,

O sopro se foi, foi-se embora a vida,

Sentiu-se muito a dor,

Vestiu preto, ficou de luto, o corpo tremeu,

Chão desabou, perdera o rumo, o guia,

Com o tempo, percebeu,

Ainda bem estar agora sem guia,

Não pela morte, pela libertação,

Vivera escrava a vida toda,

De dono genitor pra dono de dote,

Não soubera o que é ser pássaro livre

Agora estava fora da gaiola, por uma fatalidade, é verdade,

Mas estava livre,

Viva à Liberdade!

Marta Almeida: 04/08/2020