Viva do que se acredita!

Nem sempre quem tem demais, tem tudo

E nem sempre quem não tem demais, não tem nada

Afinal, o que é melhor, ter para ser, ou apenas ser?

Ser por que se tem, é ser volátil

É ser efêmero

Que tudo se constrói

E ao mesmo tempo

Não se constrói nada

Ser, porque é, é como construir em um solo

Firme

Que se permite ser

Se construir e também se desconstruir

Nessa vivência cheia de bagagens

Que a gente se apossa e leva, consigo

Mas que em determinado momento

Tudo parece não fazer mais sentido

É hora de se desconstruir

Para se reconstruir

Se reinventar

Se apoderar

E se apossar do que acredita

E do que finalmente, se é

Afirmo, não basta ter, para ser feliz

Mas basta ser, verdadeiro, empático

Sensível e humanizado

Pois, do que adianta ser rico

De bens materiais

E não cultivar o que se tem dentro?

Afinal, é melhor viver

Para mostrar o que se tem

Ou viver para nutrir a alma?

Nessa sociedade em que vivemos

Ter para ser é garantia de poder, egoísta e individual

Um ciclo egocêntrico

Que se alimenta e quer nos alimentar

Capitalismo

Finge que é bom, mas só quer nos usar e nos roubar

Matar

A paz, a humanização

E a valorização do que realmente é bom

E verdadeiramente humano

Afirmo, se individualizar com intuito de evolucionar-se

Não é o crucial

A coletividade é que nos mostra como lidar com as diferenças

E saber respeitá-las

E aprender que o diferente não é ruim

É apenas diferente, de si

E que acrescenta, que ouve e acalenta

Ser coletivo é mais que ter

Nos faz acordar para o que realmente nos faz viver

Não apenas sobreviver

Afirmo, não apenas sobreviva

VIVA do que se acredita!

Mi Lua
Enviado por Mi Lua em 06/07/2020
Reeditado em 06/07/2020
Código do texto: T6998259
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