Viva do que se acredita!
Nem sempre quem tem demais, tem tudo
E nem sempre quem não tem demais, não tem nada
Afinal, o que é melhor, ter para ser, ou apenas ser?
Ser por que se tem, é ser volátil
É ser efêmero
Que tudo se constrói
E ao mesmo tempo
Não se constrói nada
Ser, porque é, é como construir em um solo
Firme
Que se permite ser
Se construir e também se desconstruir
Nessa vivência cheia de bagagens
Que a gente se apossa e leva, consigo
Mas que em determinado momento
Tudo parece não fazer mais sentido
É hora de se desconstruir
Para se reconstruir
Se reinventar
Se apoderar
E se apossar do que acredita
E do que finalmente, se é
Afirmo, não basta ter, para ser feliz
Mas basta ser, verdadeiro, empático
Sensível e humanizado
Pois, do que adianta ser rico
De bens materiais
E não cultivar o que se tem dentro?
Afinal, é melhor viver
Para mostrar o que se tem
Ou viver para nutrir a alma?
Nessa sociedade em que vivemos
Ter para ser é garantia de poder, egoísta e individual
Um ciclo egocêntrico
Que se alimenta e quer nos alimentar
Capitalismo
Finge que é bom, mas só quer nos usar e nos roubar
Matar
A paz, a humanização
E a valorização do que realmente é bom
E verdadeiramente humano
Afirmo, se individualizar com intuito de evolucionar-se
Não é o crucial
A coletividade é que nos mostra como lidar com as diferenças
E saber respeitá-las
E aprender que o diferente não é ruim
É apenas diferente, de si
E que acrescenta, que ouve e acalenta
Ser coletivo é mais que ter
Nos faz acordar para o que realmente nos faz viver
Não apenas sobreviver
Afirmo, não apenas sobreviva
VIVA do que se acredita!