A magnitude das nossas repetições.
Hoje eu estou aqui, venho de longe entregar a ti a minha existência, a única coisa que tenho a minha essência.
A vida ainda me pertence, sou o resultado de milhares de elos, apenas replicações, sou a soma do tempo, neste instante recrudescente.
Portanto, darei a ti, aquilo que ainda é meu, o que faz eu ser o que sou, gosto de ser exatamente a minha existência.
Sempre andei pensando em entregar a vossa pessoa, a minha hermenêutica, já fui tantos outros no passado, no futuro serei outros e outras.
Todavia, serei a vossa mimetização.
Em um determinado momento cruzamos no mesmo elo, deste modo, eu sou você, sendo você a minha pessoa.
Entretanto, nesta replicação determina o meu fundamento, sou a sua própria finalidade.
Você a minha razão de ser.
Tive sorte de nascer da combinação genética que tive, então o meu mundo é colorido, o infinito representa a minha imaginação, sei que brevemente serei outras passagens, a realidade o meu movimento.
Você é a essência daquilo que sou, de tudo que ainda devo ser em outras e outras replicações.
Sendo assim, você é o meu mundo, eu sou a constituição do vosso ser.
A magnitude de outros mundos repetidos.
Todavia, você é a dialeticidade das minhas replicações, quando ainda estava projetado na temperatura fria da anti matéria.
Então nasci da evolução da anti causa, com efeito, sou a anti razão do meu próprio ser, entretanto, sou o que sou.
Deste modo, derramarei em ti a exuberância do meu ser, receberá da minha pessoa, tudo que sou, sendo o encantamento do seu fascínio.
Banharei na vossa pessoa, a sua constitucionalidade, os meus pés sobrepostos ao sorriso dos vossos sonhos.
Compreenderá então, o brilho dos meus olhos, conhecerá o perfume da minha complacência, deste modo, serei a vossa dignificação.
Tudo que tenho a minha existência, sendo a referida a morada do vosso esplendor, compreenda o meu ser, serei o paraíso da sua escolha.
Oferecerei a ti a minha vida, sendo que você poderá habitar em mim, este é o meu exuberante desejo.
Então darei a você a minha morada, sendo o meu corpo o seu templo sagrado, você a minha celebração.
A minha alma a contemplação do vosso encantamento, tudo que ofereço a sua pessoa, a existência do meu ser.
Você será o que sou, quanto a mim serei a vossa continuidade, o seu mundo a minha residência, eu sou a sua alma, sendo assim, a nossa consubstancialidade, o éskhatos da nossa existência.
Deste modo, somos a eternidade.
Edjar Dias de Vasconcelos.