Recordando o tempo como utopia reconquistada.
Se puder voltarei exatamente aquele instante, para poder viver no presente o velho passado.
O magnífico tempo que o futuro destruiu, o sonho que o vento levou, a felicidade voou como se fosse uma nuvem correndo no céu.
Heurístico mundo apofântico.
Se tivesse algum poder teria feito a terra parar de girar, o brilho do sol continuaria fazendo o passado ser o presente.
Peremptória dialética hilética.
Se pudesse faria o instante ser eternamente aquele momento, agora sinto a distância, como se a realidade fosse apenas o passado.
A heteronomia da vossa hermenêutica.
Como seria bom se o tempo tivesse de fato parado, agora sei que o futuro, está distante do passado, queria prender o tempo, olhando para infinito, contemplando a imaginação.
Dionisíaco mundo ataraxiológico.
Agora sei que o futuro talvez ainda possa ser o passado, quero substanciar o instante distante, construindo o novo presente.
Não queria ter partido, impossível esquecer o tempo, sei que o sol ficou escondido em novos amanheceres.
Se puder renascerei exatamente naquele instante, revivendo outra vez o velho sonho, reconstruindo o substrato cognitivo, na reinterpretação consubstancializada do antigo propósito.
Infelizmente o tempo partiu levando a alma presa nas ondulações das recordações.
Agora sinto apenas o desejo do brilho do sol perdido na respiração de um coração partido, a procura do indelével encanto.
A celestialidade das proposições assertóricas.
Se tivesse algum poder, faria aquele momento ser o instante repetido nas áureas da vossa doçura.
Esqueceria a saudade porque o presente seria a eternidade das emoções guardadas na memória reformatada.
Se pudesse jamais teria partido, não sei se posso explicar exegeticamente as minhas metáforas.
Hermenêuticas apodíticas.
Entretanto, se voltasse sentiria a fortiori, o esplendor do sentimento encantado.
A felicidade seria a paixão recordada na essencialidade do grande afeto.
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Todavia, é possível encontrar a intuição perdida no brilho da alma, a incandescência do vosso sorriso.
O desejo vai fundamentar o futuro, a felicidade reconquistará o instante perdido na memória reescrita, os momentos
substancializados no novo sonho.
Edjar Dias de Vasconcelos