Silêncio
Silêncio
Lágrimas escorrem pelos rostos
De olhares que se relutam despedirem
Familiares que tanto lutaram para seguirem
Lamentam tão inóspito encosto.
Milhares que tomaram infame posto
Do futuro, se não iludirem
Se as melhoras convirem
Podem deixar o frágil coração menos exposto.
Silêncio por preservação social
Calam-se as produções capitalistas
Na proporção mundial.
Uma renovação estrutural?
Ruptura em prol de ambições vigaristas?
Em que pese estaremos afinal?
Silêncio e raciocínio lado a lado
Parceria rara, mas essencial
Para a retomada do normal
É preciso um sacrifício racionalizado.
Marcel Lopes
11/06/2020