Cacique viajante
Foi um cacique curioso
Pensando sobre o futuro
Resolveu a ele ir
Com um gole de licor mágico
Transformou-se num viajante do tempo
E o destino da mata foi conferir
Não exagerou no início
Apenas poucos anos avançou
Viu novos indiozinhos
A taba aumentou
Seguiu em frente
Vinte anos ele correu
Da mata viu do norte um breu
Fumaça feito a tempestade
Escurecendo um lindo céu
Continuou sua caminhada
Mas já se confundia
Pois não sabia o que se passava
A mata encolhia
Ou era ele que não percebia
O que na floresta acontecia?
Continuou a passagem
Agora com melancolia
Os índios já não cantavam cânticos de alegria
Os animais fugiram desse torrão
Pois o "civilizado" trouxe a poluição
Em suas máquinas a marca da destruição
O futuro restante não quis ver
Pensou que era hora de voltar
E aproveitar o restante que a vida lhe deu
Pois queria viver antes de seu povo morrer