DESDENHA BESTIAL

DESDENHA BESTIAL

Minha solitude é altiva,
Sendo Obama ou Mandela,
Professando com voz altiva,
Todo bem que se espera.

Pois eles são condenados,
Por inculta estupidez,
De um mundo desconectado,
Querendo a riqueza, talvez.

Juntando o que não tem uso,
Com uma fome de vil morbidez,
Que faz um glutão ser intruso,
Ao cear sem ser sua vez.

Então eu me lembro da sede,
E não esqueço da fome também,
Que derrubam até as paredes,
Da casa que não tem ninguém.

Pois a corte dos nobres desdenha,
Dos servos e pobres sem fama,
Nas filas ao Sol e sem senha,
Buscando um viver tão sacana.

E ficam nas camas de luxo,
Ou nos tronos da casa real,
Rindo de todo o lixo,
Num instinto bestial.

•😒•

Poeta Braga Costa ©2020
Jequié, BA, Brasil.