Voltas

A tinta da velha caneta acabou, sobraram as palavras escritas por ela naquele velho caderno desbotado.

O café estava lá, os livros e também as canções.

O que havia mudado?

A letal estrutura desestruturante onde se gozava em pequenas doses daquele doce veneno.

Brincando em um tolo jogo colorido.

Buscando letras, melodias, dançando com fantasmas.

A distância se fez real, o discurso perdeu a sua falácia, não estava lá.

Há outros modos de procurar o inexistente, dá-me mais café, antes que se esfrie.