EM TEMPOS...
Em Tempos...
Em tempos que faltam abraços, obsoletos se tornam os braços.
Em tempos que faltam beijos, a boca seca, míngua, deixa de sentir o sabor do amor.
Em tempos que faltam paisagens a serem admiradas, os olhos murcham, se cansam da monotonia, se fecham, não querem mais ver.
Em tempos onde os parques se fecham, nossa alma torna-se um tanto quanto pequenina.
As longas caminhadas... As pernas já não fazem mais...
As mãos estão carentes de toques, suaves, ardentes, acariciantes... Envolventes.
O mundo se apequena em nosso pequeno ninho.
Passamos a entender que da forma como esta, sempre vamos faltar uns para os outros.
Pequenas peças de um quebra cabeça chamado mundo.
Em tempos de carinhos minguados, a gente míngua também e passa a sentir falta do amor... “do humor e das praças cheias de pessoas”...
E assim... nesses tempos de faltar, é chegada a hora de nos reconstruirmos e quando o tempo de faltar se ir... Podemos Voltar.
Que o voltar seja renovador, que cada peça, possa colar seus pedaços rasgados e que saiba se reconstruir para o novo porvir.
O tempo da falta de abraços, de longos beijos, da contemplação... O tempo do encantar-se esta por Renascer... Não desanime.
Tony Monteiro.