ALÇADO À BRAGA, COM UM CÉSAR OU SEM PERDÃO
ALÇADO À BRAGA, COM UM CÉSAR OU SEM PERDÃO
Olhar com medo pro passado,
É olhar para uma gaélica prisão,
Tendo uma braga alçada às pernas,
Ou a tortura acima do meu chão.
Se as masmorras em baixo encerram,
Os tristes dias de um cristão,
Frente aos mouros em fim de festa,
Na Sé de Braga há um perdão.
E Roma veio tão de repente,
Como a água chega num aluvião.
E chafurdou um povo livre,
Dos celtas e galécios de então.
Se a pré história nos trouxe bragas,
Como estilo de calças no roupão,
Eu vi as torres tão bem romanas,
Sem ser choupanas, mas sim prisão.
Em ruas e caminhos de pedras,
Tão francamente lusitanas.
Vi a liberdade findar em celas,
Preso às bragas sem ter janelas.
E sem janelas nem vejo o canto,
Dos rouxinóis no amanhecer,
Me vendo morto, pois sofro tanto,
Nem ouço um canto pra renascer.
Mas no salão de uma Sé primaz,
Vejo todo o ouro do meu Brasil,
E vejo que não posso mais,
Ter um voo livre e juvenil.
Que triste fim para um mero sonho,
Que vem dum gládio ou tiro incerto,
Com minhas folhas sou livro aberto,
Pro meu funesto réquiem bisonho.
E entre as torres, tão bragueado,
Augustus veio cesarear,
Descortinando pra todo lado,
Sua tirania pra conquistar.
Foi em martírios do sangue celta,
Que a braga travou o meu andar,
Que sempre usei para clamar,
Sem atravessar o Rubicão.
E meu perdão em vão clamei,
Aos que não pautam o bom do amor,
Como estandarte pras legiões,
Que levam aos fracos o terror.
Publicada no Facebook em 08/07/2019
ALÇADO À BRAGA, COM UM CÉSAR OU SEM PERDÃO
Olhar com medo pro passado,
É olhar para uma gaélica prisão,
Tendo uma braga alçada às pernas,
Ou a tortura acima do meu chão.
Se as masmorras em baixo encerram,
Os tristes dias de um cristão,
Frente aos mouros em fim de festa,
Na Sé de Braga há um perdão.
E Roma veio tão de repente,
Como a água chega num aluvião.
E chafurdou um povo livre,
Dos celtas e galécios de então.
Se a pré história nos trouxe bragas,
Como estilo de calças no roupão,
Eu vi as torres tão bem romanas,
Sem ser choupanas, mas sim prisão.
Em ruas e caminhos de pedras,
Tão francamente lusitanas.
Vi a liberdade findar em celas,
Preso às bragas sem ter janelas.
E sem janelas nem vejo o canto,
Dos rouxinóis no amanhecer,
Me vendo morto, pois sofro tanto,
Nem ouço um canto pra renascer.
Mas no salão de uma Sé primaz,
Vejo todo o ouro do meu Brasil,
E vejo que não posso mais,
Ter um voo livre e juvenil.
Que triste fim para um mero sonho,
Que vem dum gládio ou tiro incerto,
Com minhas folhas sou livro aberto,
Pro meu funesto réquiem bisonho.
E entre as torres, tão bragueado,
Augustus veio cesarear,
Descortinando pra todo lado,
Sua tirania pra conquistar.
Foi em martírios do sangue celta,
Que a braga travou o meu andar,
Que sempre usei para clamar,
Sem atravessar o Rubicão.
E meu perdão em vão clamei,
Aos que não pautam o bom do amor,
Como estandarte pras legiões,
Que levam aos fracos o terror.
Publicada no Facebook em 08/07/2019