Quarentena
Primeiro fora-se a carne
Mas não liguei:
O pão ainda me alimentava
Depois cortaram-me o vinho
Mas tudo bem:
A água ainda me saciava
Em seguida, o acesso à cultura.
Compreendi...
Nunca me considerei artista mesmo.
Ousaram então,
Contra minha liberdade.
De ir e de vir
Mas então, percebi
Não havia motivos para lágrimas
Há muito eu ja estava preso
Apenas não sabia