No universo, o que quer a gente veja
É feito de vontade e representação.
O que ele é e o que a gente quer que seja
Eis todo o âmago da questão.
Schopenhauer estava certo
É a nossa visão que nos desgasta
Pondo longe o que está perto
E o que está perto a gente afasta.
Pedacinho de mundo
Que gira em volta do meu umbigo
Cada vez mais lá pro fundo
Vou levando você comigo.
Desenganar-me nunca pude
E me enganei mais de uma vez.
Não importa: até mesmo Deus se ilude
Com a mágica que Ele fez.
Nós achamos que Deus se achava
Em cima de uma torre de argila.
Não o encontramos porque ele estava
Nos ajudando a construí-la.
Hoje já não quero mais me entender
Nem saber porque estou aqui.
Pois no dia em que isso acontecer
É que, de fato, eu já morri.
Nada mesmo me convence
Que ser ou não ser é a questão,
Se nada no mundo nos pertence,
Porque sofrer por uma ilusão?
É feito de vontade e representação.
O que ele é e o que a gente quer que seja
Eis todo o âmago da questão.
Schopenhauer estava certo
É a nossa visão que nos desgasta
Pondo longe o que está perto
E o que está perto a gente afasta.
Pedacinho de mundo
Que gira em volta do meu umbigo
Cada vez mais lá pro fundo
Vou levando você comigo.
Desenganar-me nunca pude
E me enganei mais de uma vez.
Não importa: até mesmo Deus se ilude
Com a mágica que Ele fez.
Nós achamos que Deus se achava
Em cima de uma torre de argila.
Não o encontramos porque ele estava
Nos ajudando a construí-la.
Hoje já não quero mais me entender
Nem saber porque estou aqui.
Pois no dia em que isso acontecer
É que, de fato, eu já morri.
Nada mesmo me convence
Que ser ou não ser é a questão,
Se nada no mundo nos pertence,
Porque sofrer por uma ilusão?