DE QUE ADIANTA
De que adianta chamar-te aos quatro ventos...
Se atento espero pelo retorno...
E meu abandono é o eco de teu silencio.
Se o canto de uma gralha se compara a um coração aflito...
Ao ver-te dispersa no horizonte minto...
Em saber que lá tu estás... longe dos meus olhos...
Em meu sonho tu existes...
Como duas estrelas cadentes...
Que trazem contentes a visão e o desejo...
De estar onde o meu pensar alcança...
E te abraçar na esperança...
De que tempo passe tão devagar...
Como esperar que nasça de repente...
A flor em local ausente de alegria e beleza...
Mas com a certeza de que se tudo foi um sonho...
É o mais belo que já sonhei...