Infinito
Está preso na memória
mas procuro no infinito
o laço, a rosa, o grito
o ser aflito que clama
qual luz trêmula da chama,
de um olhar na solidão,
do meu riso na amplidão!
Se o infinito, no tempo,
escorre as horas nos dedos,
há madrugadas e segredos
nos minutos frios, lentos,
escoando em pensamentos
qual nuvem solta ao vento
que com a tarde vem agora!
Mas a alegria amanhece
qual borboleta de sonho
e com ela a fantasia
da luz serena que pousa
na janela do meu mundo
e procura o eu profundo
na memória do infinito!