ÚNICA VOZ QUE DEVE OUVIR

Coisas acontecem tao distorcidas,

Que maculam, o sentido das coisas engrolam,

Nos fazendo pensar ,

Ou ter a certeza aguda,

Ser a Justiça controversa --

Surda , cega, muda,

Num Brasil que mostra o lado

Inverso do espelho -- envereda

A escutar indevidos apelos,

Grilhões ao Poder Judiciário amordaçado,

Que não é marola,

Não é tubo de ensaio.

É algo de tão ruim que perola...!

É furacão que a Justiça empareda --

O rubicão que a ponte já atravessa ,

Qual tempestade de raio,

Abalando estruturas bastante combalidas!

Não se ha dizer ,

Que o Direito ,

Presta a outros desideratos,

Que tem outras diretrizes,

Outros tratos,

A não ser, fazer valer o direito ...!

Mas nesses dias de então,

Apodrecidas raízes

Do imperfeito,

Ainda há os que perolam:

" Tem que escutar

As manifestações das ruas !"

Não, senhores , não!

Não bate com os bons preceitos da Justiça,

Nessa inglória liça,

As elucubrações suas!...

No que diz respeito

À lei, o Direito se vale , do próprio Direto.

Não é apanágio para injustiças ,

A única voz que deve obedecer ,

Que tem obrigação de escutar,

É a voz das leis preestabelecidas !

É a própria voz do Direito!