CIDADÃO F

Ele era cantante

Sua vida errante

Filho de uma amante

Já foi um meliante

Virou doido infante

Tal qual um elefante

Não pq era grande

Mas parecia mutante

Um estranho no mague

Do lixo era um catante

O seu nome era Fábio

Mas o chamavam de caco

Pq era quebrado

E vivia um trapo

Morador das ruas

Já foi assaltante

Mas só pra encher o tanque

Do vício por um instante

Fome já não lembrava

Se tava na cachaça

A mente embriagada

Não dá espaço pra lata

Era o que ele pensava

Desde sempre catava

Um dia numa estrada

Um Playboy, sei lá qual placa

Pisou fundo com a pata

E matou mas um louco de nada

Analise é Juliana Patrícia Campelo BRamatti

Essas e outras poesias estão no livro:"Álbum dos cidadãos "