Relogio
Dia comum, tarde nublada
Assim se encontra
Minha morada
Tudo se apagou
Sentado numa poltrona
Cai
De uma realidade desoladora
Em uma desilusão arrebatadora
Amores do passado, sonhos acinzentados
Como simples itens de uma loja de velharias
Apareciam em minha mente
Mente, oh como a vida mente
Achamos que o que é bom, dura para sempre
Mal sabemos que mal piscamos ela passa
puis-me a olhar em volta
Em um mundo que
O relógio não revolta
Só revira a volta
E a morte ri e comemora
Sabendo que vai chegar
Enfim, voltei de minha viagem, com apenas uma certeza
Na cabeça
Amanhã
Acordarei, trabalharei, estudarei, mas não novamente sonharei...
Pois sonhar me traz dor
E de dor eu já cansei...