Memórias do agora

Me acostumei a esta quietude

de deixar de lado o incomodante

mundo aonde as vaidades

Me importunavam tanto.

Me tornei sereno mas confuso

E no despertar, um lento espanto

Como jornal de noticias já difuso

Rememorando rotas caminhadas

Me inquiro e me julgo

Dos atos e das palavras semeadas.

Me contradigo, e me atormento

E me desdigo, e me corrijo

Agora, refaço no traço que tracei

A intenção, o gesto, o colorido

Nesta quietude a que me acostumei.

antonio noronha 2014