Escravo do vício

Da vida não tenho o abraço

E me escondo na poeira do vento

Sou alma perdida no espaço

Que vagueia nas margens do tempo.

Não tenho casa nem documento

Sou o gosto amargo da vida

Não me apego a nada, sou leigo

Sou uma alma perdida.

Não tenho amor, sem sentimento

Me perco nas madrugadas vazias

Sou erva daninha, tormento.

Sou um escravo do vício

O mal deste mundo

Eu sou, o próprio sofrimento.

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Poesia inspirada no depoimento

De um viciado.

Elisabeth Carvalho
Enviado por Elisabeth Carvalho em 04/09/2019
Código do texto: T6737412
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