REFLEXÃO POÉTICA
A PAUSA DO POETA
No pensamento, que, flui, o poeta
Diminui a intensidade, e, respira para
Recompor-se, e, se contrapor ao tempo!
Nos contratempos divaga sua mente...
Sua alma levita pelos ares da concepção...
Seus conceitos plenificam seu coração!
Na pausa, o poeta renova critérios.
Passa uma borracha nas páginas.
Reconsidera conceitos, e, com efeito,
Burila defeitos de estrofes anódinas!
No tempo, sua pausa causa oxigenação...
A inspiração dá-lhe renovação!
Uma pausa para descanso, e, no remanso
Merecidas férias para apenas a contemplação
Daquilo, que, sua imaginação vai fertilizar,
E na ponta da pena as páginas rabiscar!
Na pausa, o poeta se esconde atrás das estrofes...
De soslaio olha pelos versos e espreita poesias...
Nas praias de mares revoltos, aguarda a parusia
Das divagações de suas idiocrasias!
Jose Alfredo