SOMBRAS DA MALDADE

Olhar-se ao espelho

Não quereria!

Sua imagem desbotaria !

Veria na pasma retina,

A face de um vivo vermelho,

Inclemente espelho

A que sua consciência pesada denuncia!

Foge, qual ladrão que corre espavorido, após o furto,

Sem poder levar o espúrio produto,

É a sombra do errado, lhe fustigando o vulto...!

Colhe agora, da própria semeadura -- o amargo fruto!

Assim, o é , o prêmio dos que na surdina

Praticam malfeitos - fugir da própria sombra,

Cujo seu próprio fantasma , é a própria consciência,

Que dia e noite os assombra

Sem trégua, sem clemência!