Corrosão

Muitos castelos já tombaram

Mas eu continuo de pé

Firme?

A cada batalha que enfrento

Um pedaço da muralha vai ao chão

Suas constâncias não permitem a reconstrução

Deixando minhas defesas cada vez mais vulneráveis

Os oponentes intensificam os ataques

O cansaço corroi o moral das tropas

Uma nova investida é iminente

Já sinto o gosto acobreado do sangue que

Uma vez mais escorrerá a cada pulsar do coração

Manchando a pele clara e carcomida

Expondo minhas fraquezas

Encaro a muralha transbordando incertezas

Quantas pedras ainda restam

Antes que eu sucumba?