A LAMA BATE NO TETO(05/07/19)

É a Lei de Jeová, a Justiça

Que difere da dos homens -- nunca falha!

Faz justiça aos órfãos do Direito!

No seu Jus Senso,

Mentira por muito, na perdura!

A verdade das sombras -- emerge dura

E implacável

Como o Jus Direito Celeste preconiza!...

O sempre badalado

Homem do preto terno,

Tido por super-herói, o ex-magistrado

Nos estertores agora agoniza:

Foi num instante, do céu, ao inferno!...

Ele que dizia " ser a lei para todos".

Mas quando esse preceito

Legal será aplicado ao ex-juiz celebridade ?

Agora, bate

A lama no teto!

Por mais bem escondido

O gesto é presto

Que não foge à lâmina da navalha,

É rastilho de pólvora, que se espalha,

É o fruto podre que contamina toda a árvore

Advindo das catacumbas das conspiratas

Nada republicanas,

As quais, a Providência Divina desbarata

E a podridão vem à tona!

Nessa intentona conspirativa,

Da infame diretiva

Das hostes curitibanas ,

Corrupção não se combate

Se corrompendo, vestindo a roupa do bandido.

Logo vem o fadário do destino,

Pondo os falsos heróis ressupino.

Ou seja: é o troço do troço --

Troco no infrator

Que vai para o abate

Junto com seu sócio na trampa!

Do descrédito e da imagem

Que se vai apagando ,

Sobe a rampa,

Aos poucos, sua rotulagem

De super-herói vai esmilinguindo.

O céu em tempestade troveja !

É devastador

O recente lote

De diálogos

Do Intercept /Veja

Há poucas horas divulgado,

Pondo em polvorosa as personagens

Do drama real que se nos apresenta

O diário da vida pegos na patranha.

Não se há de esconder nada

Aos desígnios do Criador!...

É que ,escancara-se em pequenas doses

Cuidadosamente adicionadas,

As entranhas putrefatas

Da Lava Jato, no baile de loucuras inauditas,

A sete chaves intocadas ,

Sendo, numa espécie de justiça

Irônica dos céus, reveladas,

A depor contra aquele que tinha

O vazamento

Como modus operandi, como lhe convinha

O propício momento!

A partida continuava

No campo do inacreditável

Nada palatável

Ao olhar

Dos que primam

Pelo que é moral,

Legal e ético!

Era risível, a participação

Do juiz no campo de futebol.

Instrumentalizava táticas e jogadas ensaiadas;

Era dono da bola e do campo, escalava

Jogadores; era jogador e zagueiro,

Volante e artilheiro

Nas sendas de sua própria competição --

Um jogo combinado,

O qual sempre vencia;

Não se detinha, não sua obsessão

De não só presidir o jogo.

Outrossim, fazia suas jogadas!...

A imparcialidade maculava,

Adulterando as regras do jogo.

Ao time adversário, orientava,

Substituía jogadores, escolhia

O time a ser vencedor;

Com o capitão do time

De sua preferencia combinava:

-- Camarada, se joga na área,

Que pênalti vou marcar!

Nessa intrincada liça,

Dos escombras da Lava Jato,

Tira-se da cartola do ex-togado,

Muito coelho do mato!...

Mais pérolas despejadas:

Diálogos de conversas impróprias reveladas

Que muito tira o sono

A quem tem culpa no cartório!

Não adianta o jejuador

Fazer sua penitência no oratório.

Jeová, não o vai atender!

-- Jabulao, que troço!

Aquele ínclito apresentador ,

Como se fora do mesmo time jogador,

Deu pitaco ao juízo

Como ele procederia!

(À defesa, tremendo prejuízo)!

O insigne chefe da força tarefa que soltou

A pérola que vazou,

Pela Vaza Jato colhida,

Comemorou qual organizada torcida:

"Aha, Uhu, o Fachin é nosso"!

Brasil, abre a porta! Inda que tardia!

Me devolve a Justiça! Faz justiça!

Marizete Matos
Enviado por Marizete Matos em 05/07/2019
Reeditado em 28/08/2019
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