GATO NA RATOEIRA

O ídolo de barro, no tempo das fraquejadas ,

Qual avestruz, esconde a cara,

E um odor de podridão isala!

Espavorido, foge agora, o gato,

Com medo do rato !

Que estranho! Que tranqueira !

O bichano ladino,

Se debate em desatino,

Preso na armadilha,

Arapuca, que ele próprio preparara

Na sua mesma camarilha!

Que suprema ironia!

Enquanto gulosamente o rato comia

O saboroso manjar -- o apetitoso queijo

Pelas beiradas ,

Com artimanha e traquejo,

O gato bobo caia na ratoeira!

Marizete Matos
Enviado por Marizete Matos em 02/07/2019
Reeditado em 16/07/2019
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