O lado efêmero

Deus, meu, nosso Deus

Que sou, somos

Nada

Por maior que seja todo o meu frágil poder

Todo o meu cabedal

O patrimônio

Que tudo se arrasta

Pela terra firme

Fica

Corroído pelos vermes

As traças comem

Sem dó nem piedade

Vai-se meu orgulho

Minha vaidade

Vai-se tudo como avalanche

Como uma barragem que de joelhos cai

Carregando silenciosamente

O que encontra pela frente

Drasticamente

Tão de repente

Carlinhos Real
Enviado por Carlinhos Real em 28/06/2019
Código do texto: T6684110
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