O lado efêmero
Deus, meu, nosso Deus
Que sou, somos
Nada
Por maior que seja todo o meu frágil poder
Todo o meu cabedal
O patrimônio
Que tudo se arrasta
Pela terra firme
Fica
Corroído pelos vermes
As traças comem
Sem dó nem piedade
Vai-se meu orgulho
Minha vaidade
Vai-se tudo como avalanche
Como uma barragem que de joelhos cai
Carregando silenciosamente
O que encontra pela frente
Drasticamente
Tão de repente