O HOJE
Grito o meu desespero que o mar me arrebatou;
E se pensam que calar-me-ei: Nunca!
Porque finjo que estou contido;
E as ondas levam-me, luto!
Ao cais dos náufragos;
Escondo-me na aparência...
Eu falo para o nada
Digo ao vazio
Ancorado no louco riso de adeus: Eles não percebem!
Nadar, é-me a vida;
Em medos que abre-se para o destino;
Numa tarde de verão;
Numa noite de inverno;
Numa manhã de outono;
Para uma primavera.