Pra eu me lembrar de mim
O corpo, doído, reclama
E a cabeça surda, desatenta
Desconsidera a dor.
Anseia demais por viver,
Cobranças demais a cumprir.
O moinho que moeu seus ossos
Qual foi? De onde surgiu?
Será o moinho do tempo?
O tempo que tens é finito, menina
Mas insiste em gastá-lo sem pudor
Gasta-se energia demais,
Arduamente dispõe, sem repor.
Sem re-pouso.
Sem pousar de novo, em si.
Sem dar a si o tempo que nunca tens.
Mulher, onde foram parar os SEUS dias?
Seis dias?
Não! Está surda, mulher? Tola menina. Os dias são seus; repou-se. Descan-se…