Pra eu me lembrar de mim

O corpo, doído, reclama

E a cabeça surda, desatenta

Desconsidera a dor.

Anseia demais por viver,

Cobranças demais a cumprir.

O moinho que moeu seus ossos

Qual foi? De onde surgiu?

Será o moinho do tempo?

O tempo que tens é finito, menina

Mas insiste em gastá-lo sem pudor

Gasta-se energia demais,

Arduamente dispõe, sem repor.

Sem re-pouso.

Sem pousar de novo, em si.

Sem dar a si o tempo que nunca tens.

Mulher, onde foram parar os SEUS dias?

Seis dias?

Não! Está surda, mulher? Tola menina. Os dias são seus; repou-se. Descan-se…

Laís Pereira
Enviado por Laís Pereira em 19/06/2019
Código do texto: T6676983
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