Limerique Urbano
Há tempos não vejo nada
Neblina cobre minha estrada
Destino pilota
O carro, capota
E deixa a fé hospitalizada
Há tempos não conto com sorte
Há tempos preciso ser forte
Não choro por tais
Motivos banais
Que doem muito menos que um corte
Há muito esqueci o seu rosto
Já nem lembro mais qual o gosto
A felicidade
Da jovem idade
Converteu-se em puro desgosto
Lembrando-me que sou humano
Dos sentimentos, sou cigano
Não me resta mais nada
A não ser esta estrada
Cantando um Limerique Urbano