Poema da morte ninguém escapa
Nascemos e passamos de repente,
Como se não tivesse existido.
Como se a respiração fosse a fumaça,
Em nossas narinas, nossos pulmões,
De súbito a vida será tempo idos,
E o pensamento uma centelha
A pulsar em nossos corações.
Temos a certeza que ela se apaga,
Nosso corpo em cinzas há de se tornar,
E nosso espírito como o ar se dispensará,
De maneira sutil e inconsciente.
E nosso nome cairá no esquecimento,
Ninguém se lembrará de nossas obras,
E nossa vida passará como uma nuvem,
E será lembrado por ninguém.
É como se fosse uma neblina
Que aos poucos se dissipa
Abatida pelos raios e o calor do sol.
Lembre-se que a vida é passageira,
E como uma sombra tem seu fim
Irreversível, e o que conforta
Que uma vez lacrada a porta
Neguem a ela voltará, veja que nada restou
Você conhece alguém que de lá voltou?
João Pessoa,18/11/2014 Francisco Solange Fonseca