FALSOS POSTULADOS
O recado foi dado até pra Inglês ver --
A tempesta desabou -- expondo o abismo
Em momento inusitado,
Jogando quem nao esperava
No olho do furacão,
Retirando dos escombros do escaninho --
Incongruência , contradições e falso moralismo ,
Pondo a se questionar,
Perplexos a lamentar
Alguns eleitores ja arrependidos ,
Percebendo ser de barro, o ídolo que idolatravam,
E mais , chateados , porque cairam no canto da sereia
Daqueles que se diziam
Ferrenhos combatentes da corrupção,
Hoje envoltos no laranjal
Do ex-assessor , Fabricio Queiroz ,
Pondo por terra, reitera-se , o mote
De combate à corrupção!...
Situação, diga-se , um bocado
Indecente que atropela a honra,
Enlameia a decência de quem alardeava,
Dando pedradas
Em vidraças do vizinho,
Ser a honestidade , seu principal dote !...
Nesses dias confusos, tao estranhos ,
Momentos medonhos,
Que turvam os sonhos,
Denunciam a excrescência posta à prova,
Desnudando o vêu, vislumbrando a farsa
Que a tantos iludia!...
E nao ha de se dizer , em matéria de delitos,
Que determinados partidos ,
Têm amnésia, aquele que se elegeu
Sob a égide de malfeitos combater !...
Santo nao ha, a ocultar-se , da própria sombra,
Quando a verdade vem à tona.
Como acreditar ,
Na refundação da República tao apregooada,
Quando o novo ,
Nada tem de novo?
O mesmo é o cenário -- política antiga,
Formatada nas mesmas práticas escusas atual,
Movidas a trambicagens,
Artimanhas, malandragens, politicagens,
Mentiras, embrolhos, cantiga
Da mesma nota dissonante,
O mesmo enredo nauseante
De baixo e alto clero dominando a política e atestam
Tanta coisa feia,
Donde provém as pérolas
Das inconfessáveis mazelas
Que se cogita ocultar,
Às vezes, inadvertidamente vazadas,
Ou a fazer fumaça deixadas,
E nao ter atrapalhado
A vitória dos candidatos que ora governam.
Jurei nao mais me ater à política,
Nessa intrincada liça
De decepções colhidas
A mais das vezes!...
No lodaçal,
Nao me ative,
Me abistive
De errôneas escolhidas,
Fugi a inúteis debates,
Ao abrigo
De sequer , a ínfimos rebates,
Me atrever a interpor-me!
Mentira, jogo falso
De cartas marcadas,
Declinei de ouvir.
No cadafalso
Da intriga,
Falaciosa amiga
Dos falsos samaritanos
Que pregam alvissareiros planos
No fervor da campanha eleitoral,
E nas fraquezadas,
Nada cumpre
Me afastei!
Santo sei,
Nao existe
Na lide politiqueira,
E é triste,
E é cruel,
Nao perceber
A subugice rasteira
De blindar determinado lado ,
E a artilharia pesada sempre voltar
Ao mesmo adversário a abater,
A quem o tem por inimigo.
Quem nao conhece o partido
Preferido a asestarem a mira?
Alvo de perseguição politico-partidaria,
Midiático-judicial,
Ação ordinária,
Previamente urdida,
Com o fito de condenar
À revelia das provas,
Numa obsessão bestial,
Por demais bandida,
Ao arrastar o maior líder popular brasileiro
Às malhas de lei, ao cativeiro,
A presto de atos indeterminados,
Por ausência de provas,
Porque " nao podia concorrer ;
Se concorresse , nao podia ganhar;
Se ganhasse, nao podia governar".
Esse é um filme, que o Brasil, ja vira ,
No turbilhão
De injustiça, deleite e maldade!...
Que o diga, a voz da consciência
Daqueles que abominam convicção
Sobrepondo-se às provas !...
Questionável, à voz da razão,
O partido alvo, é o único lado
Ao qual a Justiça
Delibera culpar, e já o condena
De antemão?
Direis,é verdade,
Ou delírio da iniquidade?
Em razao de o mesmo parâmetro nao ser utilizado
Quanto a outros acusados ,
Soberbados de comprovacao
Delituosa, esbarram no olvidar
De "nao vem ao caso'" investigar,
Quando as normas deveriam impor-se
À isonomia da lei,
Doesse a quem doesse,
A todos igualitariamente distribuída!
Nao é assim que a banda toca, nesses dias de então :
O da mala de 500 mil reais, escafedeu-se?
O dos cinquenta e três milhões surrupiados,
Por enquanto, está trancafiado.
Aquele do " manda um que a gente mata",
Correu da disputa a senador.
Mas mantém foro privilegiado,
Foi eleito deputado!
"Mantém isso aí",
Perdeu o foro. Até então,
Está solto. Ninguem o importuna,
Livre está, a esbanjar sua fortuna!
O que lhes sucedeu
Nesse jogo de mamatas?
Nada.Das nossas caras sorriem!
Alguns, estão livres, leves e soltos!
Vou -me embora!
Aqui, nao é mais meu lugar!
Nao é o paraíso que imaginava estar!
Abolida as benesses de nao mais
Se premiar os filhos do rei --
Ouvi essa cantilena, o galo cantar!
Mas nao !
Sobra cinismo e hipocrisia
Na confraria
Dos que vestiam o manto da honestidade.
Neste infeliz momento de agora,
Qual erva daninha , brotam
Os Fabrícios, o clã gorvenista,
Que dios malfeitos -- nao escapam,
Inseridos na nada republicana lista,
Sao os eleitos,
Que com efeito
Se contradizem
No que dizem,
E em seguida , desdizem atrapalhados,
Mas o estrago fora feito!
Naquela de acabou mamata
De filhos do rei ,
Ora, Butiao, bem sei,
A história redunda em esbulho
De contradição:
Aquela de triplicar salário,
No sacrário
Do filho do vice,
Pegou mal!...
Jabulao, nao te disse,
Nao cai na arapuca!
Que estrupicio,
Cadê a grana, Queiroz?
Agora, a sifra é de 7 milhoes .
Mais grana será despejada
Nesta mumuia,
Em dose regrada:
Um bombardeio na tevê
A cada dia.
Tudo fez. Nao deu o serviço!
Até se esbaldou na dancinha
Com a família (trajados de laranja
No hospital).
Aquele bailado, uma mensagem continha,
A resposta veio ligeira e contundente!...
"Matou no peito"
Com astúcio jeito
O ministro do STF, da exótica peruca,
Tambem dançando, zombando de nós,
Virtualmente, na dancinha do Fabrício!