Metaforico ou literal?

Meus sentimentos,

Me rasgando de

Fora pra dentro.

Meus pensamentos,

Construindo meus

Dez mandamentos.

Pra sobriver,

Sem tantos danos pra sofrer.

Essas tempestades,

Fui eu quem fez chover.

Não precisa de um copo,

Já que de Tanto desconfiar,

Meus olhos estão tortos.

É doloroso aceitar,

Sem poder questionar.

Conviver com as loucuras

Que vão te curar.

No lar,

Que irá me desertar.

E aquele amor que me envenena,

A compaixão,

Um bisturi que me cega.

Adormecido e ecoando

Meu desespero em gritos,

Internos,

Um coração que gelou

Em mundo tão frio quanto o inverno.

A cada passo,

Sinto o gosto do fracasso.

Cada batalha, mais cansado.

E sinto os erros do passado,

Inúmeros infelizes pecados.

Percebi o quanto fui fraco...

Agora, perdido,

Não sei o caminho que traço !

A loucura que me salva,

A insanidade me levanta.

Enquanto meu cérebro padece,

A solidão me cura,

Ao mesmo tempo meu coração

Me curva.

Seria errado nadar

Nas águas turvas ?

Me adaptei ao escuro.

Abandonei tudo.

De tantas mágoas e dores,

Na esperança de acabar com o ódio,

Só vi corpos mortos.

Largados onde todos viam,

Pisavam e riam.

Eu que assassinei meu coração.

Vou pro purgatório?

Matei o que eu era !

Agora, que venha minha era.

Um mocinho clássico

Virou vilão,

Sendo o que sempre quis fora da escuridão.

Queria o agradável,

Tão fútil, lastimável.

O que crescia em mim ?

Apenas tristeza...

Uma guilhotina que quase

Decepou minha cabeça !

Sou um plebeu,

Que almeja se tornar nobreza.

Gabriel Atalla
Enviado por Gabriel Atalla em 17/01/2019
Código do texto: T6552772
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