DIÁLOGO

Então? Pergunta o tempo ao vento

Aonde começa o teu desalento?

Para que serves? O propósito final

Se estás calmo, traz paz e bondade

Se te agitas, és fugaz tempestade

É este o teu porvir? O teu ideal?

O vento então, ao tempo responde

Começo nem mesmo eu sei aonde

Meu propósito porém, irei te falar

Sou o sopro de Deus, o ar que dá vida

O início da chegada, o fim da partida

Entre o tudo e o nada, meu ideal é salvar

O vento ao tempo, pergunta então

Responda-me amigo, por qual a razão?

Estás sempre correndo, sem nunca parar

Nunca retrocedes? Não paras jamais?

Tão pouco perdoas, os que ficam pra trás

Qual a tua missão? Que me hás de falar?

Ó vento amigo! Respondo-te agora

Sou passado presente, o futuro d’outrora

Se paro um instante, acaba-se a vida

A todos ofereço parcelas iguais

Prevalecem porém, os que sabem mais

Sou o senhor da razão, a verdade incontida

ignacio santos
Enviado por ignacio santos em 14/08/2018
Código do texto: T6418590
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