DIÁLOGO
Então? Pergunta o tempo ao vento
Aonde começa o teu desalento?
Para que serves? O propósito final
Se estás calmo, traz paz e bondade
Se te agitas, és fugaz tempestade
É este o teu porvir? O teu ideal?
O vento então, ao tempo responde
Começo nem mesmo eu sei aonde
Meu propósito porém, irei te falar
Sou o sopro de Deus, o ar que dá vida
O início da chegada, o fim da partida
Entre o tudo e o nada, meu ideal é salvar
O vento ao tempo, pergunta então
Responda-me amigo, por qual a razão?
Estás sempre correndo, sem nunca parar
Nunca retrocedes? Não paras jamais?
Tão pouco perdoas, os que ficam pra trás
Qual a tua missão? Que me hás de falar?
Ó vento amigo! Respondo-te agora
Sou passado presente, o futuro d’outrora
Se paro um instante, acaba-se a vida
A todos ofereço parcelas iguais
Prevalecem porém, os que sabem mais
Sou o senhor da razão, a verdade incontida