Despacito
Tire o pé do chão, seu verme
Sê o fodilhão do caos
Vem connosco festejar
O desprazer dos dias maus
Com prostitutas enfadadas
Música violenta e Thanos
Não te maces a conter
Os excrementos do ânus
Sinta a América Latina
Por dentro das calças justas
O mambo que enche os salões
Cervejeiros sem batuta
E atiça as lutas
Tesão em hasta pública
Culmina em sangue
Essa diversão pútrida
Esvazie os bolsos, desgraçado
Troque a tua miséria
Por pedras de maconha
Deixe os filhos teus famintos
Amanheça deslocado
Distante, desnutrido
Com os sapatos furados
Sem ter nada ganho
Siga a próxima barraca
Deita-te na areia, hirto
Sem carga no telemóvel
Morra, despacito.