Maluquice

Guardo em mim a loucura relevante,

Numa trama desigual, injusta, que vai adiante.

Como por brincadeira, lidar com sensações,

Ora, o tempo com seus feitos revela seus ladrões,

Mais que as tais revelações, insinuações, situações.

Gosto, me julgo a pensar, mesmo que sem saber onde chegar;

Talvez, uma vez, que vês?

Provoco, indago, questiono e ao fundo me respondo:

Não são as palavras, não são as regras, não é o momento;

É a intuição, é o vigor, vitalidade e sentimento.

Numa cama, num café, no trabalho,

Não há distinção, só quem sente sabe como lidar com tanta emoção.

Se você não vive um lugar em seu coração,

Não revive a história, não chora de novo, não tem comoção;

Nem que eu desenhe, lhe faça um filme, não trará a noção.

Loucura saudável ao meu bom-viver,

Aprender, reviver, esperar de você.

Num toque sutil, num cheiro, alegria,

Envolvendo anseios, tal como cinestesia,

Sendo maluco dia após dia.

Joás Alves
Enviado por Joás Alves em 23/05/2018
Reeditado em 02/09/2024
Código do texto: T6344580
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