Morrer pra quê?
Na verdade eu não queria um fim aqui na Terra
Amo viver!
Morrer pra quê?
Mas quem sou eu para essa situação inverter
Justo hoje que lembramos da Crucificação do Messias
Enterrar, cremar e ser preso em uma cruz, tudo é traumático
O ato de morrer deixa rastros
Para quem fica, saudade
Não escolhe idade
Para quem vai, particularidades
Quando Deus chama a senha, não tem escapatoria, só de pensar dá uma ansiedade
Quisera dar continuidade...
Deixamos para trás as amizades
Amigos sem ter consaguinidade
Parentes às vezes nos trazem contrariedades
Sou cosmopolita, amo ser urbano, moro na cidade
Mas tem uma coisa... viver nos centros urbanos tem crueldade
Saudade dos tempos da roça, daquela ingenuidade
Seja como for, aqui ou lá vamos para o outro lado, na legitimidade ou na mortandade
Valei -nos, Senhor!
Dai -nos uma moratória
Somos os chamados da última hora.