CHUVA QUE CAI

Chuva que cai persistente e límpida.

Água que molha a vida que jaz no solo onde estás.

Chuva molhada, fria, impávida. Parece uma grávida a gestar a vida em busca da Luz...

Chuva generosa faz germinar uma rosa de beleza e de espinhos que se te espetam pelos caminhos te fazem lembrar da rosa que te emociona e que também te fere, mas que não irás esquecer.

Chuva molhada que esconde as lágrimas daqueles que choram encobertos sob tua nuvem imaculada.

Chuva persistente como a vida que insiste em viver.

Se crer... ou não crer... Não importa! A chuva sempre está a bater a nossa porta e a nutrir a terra que nos conforta.

E se nada mais a ti nesta vida importa... se buscas na vida a antítese da vida, se covarde insistes em abrir esta ferida, importa mais a chuva a molhar a nossa porta!

Ramiro Jarbas

Curitiba, 17.12.2017