Dilúvio do eu 


Oh doce sobrevivência que amarga a predileção. 
Responder a esse locus de eleito é sofrer uma passiva ação. 
Prefiro antes a lama do dilúvio que emoldura o real do ser.
Se sou pecado e me percebo, sobrevivo quando as águas dissolverem.
Se na barca seco estou, trago no peito a marca da perfeição. 
Serei, então plenitude falsa... Serei sem ser.
No final todos pisarão no barro. 
Uns com ar de superioridade, outros com humildade. 
Estes últimos terão nadado para o próprio interior.