Tão jovem

 
Ele se perdeu.
Enveredou por escolhas
Que não condiziam com o seu eu.
Foi amargando o querer de outros
E sua alma entristeceu.
Era tão jovem
Mas o rosto envelheceu,
Pois trazia nas marcas da vida
Um pouco de tudo que já viveu.
 
Quando percebeu sua trajetória
Compreendeu o círculo vicioso que o consumia.
Deixou serenar a história
Fatos e vivências plenos de glórias.
Era o preço de ser egoísta
Ou o caminho para novas respostas.
 
Não aquietou a alma massacrada,
Nem mesmo desviou o olhar do seu querer.
Buscou em meios aos farrapos o fio da história
E por ser jovem, começou a tecer.
 
Essa colcha de experiências agora o cobre.
Seu rosto expressa juventude.
Era corpo jovem em alma velha,
Hoje é alma jovem, num corpo pronto para a guerra.