Nos bastidores da insanidade

O tudo é pouco sob o olhar do exigente.

Insaciável apetite de quem julga sem ressalvas

Que até o inquestionável infinito é estreito.

O topo é rasteiro, oco em sua composição.

Em tom queixoso, o tudo não lhe bastou.

A tudo teve, por todos foi sempre amado,

Conquistou aquilo que muitos sonharam,

Ainda assim, o exigente se põe a reclamar.

É possível que deseje a supremacia do sol,

Enquanto nos bastidores da insanidade

A ingratidão esteja pronta para a bala de prata.

De que direção virá, ainda é um mistério.

A queda, meus caros, é questão de tempo.

Nem sempre são os inimigos maquinando,

A arrogância esconde em si o fio solto.

Mais hora, menos hora, o exigente tropeça.

O tudo é pouco para quem sempre teve tudo,

Mas para quem tem pouco, o pouco é muito.

Marisol Luz (Mary)
Enviado por Marisol Luz (Mary) em 26/10/2017
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