Nos bastidores da insanidade
O tudo é pouco sob o olhar do exigente.
Insaciável apetite de quem julga sem ressalvas
Que até o inquestionável infinito é estreito.
O topo é rasteiro, oco em sua composição.
Em tom queixoso, o tudo não lhe bastou.
A tudo teve, por todos foi sempre amado,
Conquistou aquilo que muitos sonharam,
Ainda assim, o exigente se põe a reclamar.
É possível que deseje a supremacia do sol,
Enquanto nos bastidores da insanidade
A ingratidão esteja pronta para a bala de prata.
De que direção virá, ainda é um mistério.
A queda, meus caros, é questão de tempo.
Nem sempre são os inimigos maquinando,
A arrogância esconde em si o fio solto.
Mais hora, menos hora, o exigente tropeça.
O tudo é pouco para quem sempre teve tudo,
Mas para quem tem pouco, o pouco é muito.