DUAS ALMAS EM UMA.

Nunca na minha imaginação, eu conceberia a idéia, de que pudéssemos sentir como se uma pessoa estivesse dentro do nosso coração constantemente, fazendo este acelerar, e bater descompassadamente quando a avistamos em um momento apropriado, e de uma maneira tão forte que até nos faz suar, um suor gelado.

Como seria maravilhoso se todos os relacionamentos começassem pela amizade, pois através desta, estamos sempre trocando confiança e reciprocidade, e ao mesmo tempo, tendo a certeza que ouviremos conselhos ou orientações de cunho verdadeiro, mais intimo e mais intenso e mais inteiro.

Tem que existir dentro do autentico relacionamento, uma amizade gostosa como fortalecimento, uma cumplicidade, uma forma espontânea e natural, além de sincera, pois é fundamental. Tratando-se de um Amor recheado de afeição, se torna pra lá de especial. Mas é preciso que exista uma reciprocidade verdadeira, nesta relação.

Podemos com isso, sempre controlar o ritmo desse convívio, pois percebemos quando há uma mudança, um vestígio, de que o sentimento dessa pessoa está diferente. Ficamos então imanentes, na obrigação de que mesmo sendo prudente, fazer a pessoa refletir a respeito do acontecimento, se por um lado você quer amenizar qualquer que seja o sofrimento da pessoa, por outro lado pode significar a necessidade de correr um grande risco a essa penetração na sua intimidade.

Sempre existirá um cenário bastante auspicioso, pelo fato de que são dois corações a estar envoltos de modo tão contundente e harmonioso em sensibilidade, essa, já instaurada nesta relação. O grande fator da durabilidade de uma união, prende-se ao lado amigo, pois este sentimento é que nos faz sentir a dor do outro, até com mais intensidade.

Queremos logo mandar sinais da nossa solidariedade, e corremos o grande risco de acabar sendo mal interpretado, e até futuramente, erroneamente, ser também incompreendido. A sabedoria da vida nos mostra, que a sensibilidade, a ponderação, a verdade, a confiança, e coisa e tal, que depositamos em uma verdadeira relação, estas extrapolam as raias da nossa segurança sentimental.

Precisamos, portanto sempre ficar atentos, confiantes e maduros para aceitar um não delicado, que assim, vai continuar permitindo o comprometimento adequado, do nosso coração à outra pessoa.

Mas, é claro que sempre existira o risco de não sermos compreendidos, mesmo que não estejamos exigindo uma reciprocidade, no sentimento que ora está exposto em nós através da nossa felicidade a essa pessoa Amada. Seja por que os dois podem não estar por inteiros nessa relação de afeto, e convenhamos, isso com certeza, vai machucar um, ou até ambos.

É preciso que o ritmo dessa relação não tenha uma mudança repentina, que defina se tem que haver pelo menos um sinal de que não haverá um sentimento diferente na outra pessoa, principalmente, se pelo menos um dos dois, pretende que continue assim. Certamente haverá uma desordem, uma decepção, e a amizade é quase certo que vai desandar para o fim. E os rompimentos se dão principalmente pela perda da confiabilidade.

De todo modo, eu penso que se existe um problema, e que este vai causar conflito e dor, é melhor uma das partes se afastar para se recompor, para não machucar a outra. Mas como fazê-lo? Pois é fato que um coração pode estar mais envolvido emocionalmente e de forma tão categórica, e esta situação tão frágil, faz correr o risco de perdermos algo tão caro para nós, com relação à outra pessoa, que é essa amizade.

Não existe uma possibilidade de consultarmos o nosso coração, pois ele se apresenta inquestionável nessa paixão, neste caso, e jamais aceitará uma observação, que venha contrariar o seu sentimento. E tentar questioná-lo, é por certo relevante, ele sempre é convicto nas suas escolhas e acolhimento, ele sempre vai enxergar além de si mesmo, pois quando ele investe em um romance, e essa paixão quando se alia a amizade, ele vai avistar sempre.

“Duas Almas em Uma”.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 18/07/2017
Código do texto: T6057769
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