DESCAMINHO

Descaminho

Raé

Cedo do dia

No silêncio da euforia

No desalento descaminho

Na tarde meio esquecida

Na ciranda da vida

Crio um mundo de encantos e desencantos

Levando esperança

Aqueles que precisam

Pelas pedras que o destino plantou

Mas no pranto da tristeza

Piedade é para quem nunca amou

Passo pela avenida

Vejo a criança despida

Sem um trapo qualquer para lhe aquecer

Essa dor sacode dentro do peito

Dá um vazio grande e profundo

E nos tira a vontade de viver!