Algemas
Ah, as oposições tolas desses ministros,
Sophia precisa emprestar uma mecha;
ora, a carência atua, abre os registros,
em seguida, resiliência vem, e os fecha...
Quisera ter com a arte um caso secreto,
onde bebesse o meu sangue sem expor;
no seu reino, o abstrato se faz concreto,
brota ela, com, e muito mais, sem amor...
A vida se enfeita dos seus filhos airosos,
quando não, o plágio, lhe gera um neto;
almas feias habitando corpos formosos,
e outras muito belas, errantes, sem teto...
Noites privadas de vagalumes, pirilampos,
e os dias sem placas margeando a estrada;
liberdade oferece, a vastidão dos campos,
e solidão aprisiona, com algemas de nada...