TÃO POUCO
“Tão pouco, quase nada
Sentado no banco da praça
Olhava o céu, pensava em tudo
Mudo, em reflexão
No chão tinha uma folha
Que acabava de cair
E o vento soprando
Levando-a por ai
Era a minha vida
Resumida ali
Quase impossível não lamentar
o que realmente aconteceu..
Era feliz, tinha tudo,
o amor dela, era o meu sustento,
Entenda a dor desse lamento
tão pouco, quase nada
é que hoje me resta
o sol na testa
e a sombra no chão
sozinho, com a solidão
tão pouco, quase nada
é que hoje me resta.
Migalhas das gralhas
Que bicam as arvore,
E as folhas caem no chão
fazendo-me refletir a minha vida.
Com esse imenso vazio
No coração.
Provocada pelo orgulho .”