CRISES DE EXISTÊNCIA?

Tudo pode ser quase nada no ar.

Aquele gesto pode transformar o mundo.

É preciso mais que navegar

Para não morrermos de um desgosto profundo.

Em cada esquina há um sonho a mais.

Em cada olhar uma pequena solidão

Tudo se transforma com tempo

Tudo parece nada no meio da escuridão.

Escrevo como nunca antes.

Falo para todas as paredes.

Só ouço o eco de minha voz

E uma vontade de pular da ponte.

O calar não faz meu gênero.

O calor não é meu forte.

A chuva continua caindo,

Uma vontade louca está surgindo,

Mas sou pequeno poeta, porém, forte.

Minhas estruturas são velhos escritos

Sobre aquele lugar meio distante.

A promessa virou um belo sonho

Que jamais imaginava existir antes,

Mas as crises de existência,

Voltam a rondar aquela porta,

Enquanto aqui chove demais

E molhar alguns planos

Arquitetados ao meio dia.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 14/11/2016
Código do texto: T5822995
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