ETERNA FELICIDADE

Não mais quero ser um grande poeta

Já perdi a minha doce ilusão

Amargo a dura realidade nua e crua

Vivo correndo no meio da rua

E volto de mirabolante decepção.

Esforço-me mais uma vez

Buscando sempre a sensatez

Mesmo sendo sempre burlado

Por uma força maior

Que me derruba no fim do mês.

O tempo continua passando rápido

Consumindo o poeta que havia dentro de mim

Solto o meu grito ao vento

Procuro amor lançado ao relento,

Ainda tento,

Em vão,

Conquistar nome meio a multidão

De pessoas que não querem saber

O significado do poetar cotidianamente;

Por isso o eu-poeta vai desaparecendo,

Quase morrendo desesperadamente!

Mesmo assim ainda registro algo

Que toca de leve o coração da humanidade

E sigo minha linda trajetória

Em busca da eterna felicidade!

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 23/10/2016
Código do texto: T5800612
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