A ave de rapina e o homem
Um urubu
Voou do lixo
Na sujeirada
Deu o seu capricho
Todo o fedor
Que estava ao redor
Foi embora
E o ar ficou melhor
A gurizada
Boa de sacada
Observando
Aquela boa ação
Resolveu
Fazer uma estátua
Daquela ave
Em homenagem
E comemoração
Mas surgiu
Um pequeno contra feito
Pra sujar a grande intenção
Porque tinha a turma da encrenca
Conhecida pela pichação
Mas apesar dos pesares
A arquitetura foi erguida
Mas de branco foi pichada
E ficou embranquecida
Hoje em dia quem passa
Ao olhar acha graça
Sem saber que o tingido urubu
Foi quem limpou a sujeira da praça
Naquele lado da zona sul
Muita gente que é homenageada
Não fez e não faz nada
Pra melhorar
Só visando os louros da fama
Quando não deveria ganhar
São piores que aves na lama
Só fazem a sujeira espalhar